Este é outro aspecto que faz com que este livro ["Vai Pensamento"] ultrapasse o puro exercício intelectual ou plémico, porque Pacheco Pereira nos interpela também a partir de si mesmo e porque o faz mais num sentido anglo-saxónico do concreto e do empírico que, todavia, não perde nunca as sua referências conceptuais, do que num sentido, que eu caracterizaria como predominantemente "francês", de teorizar independentemente dos factos, ou para amoldar os factos à teoria formulada.
É isso mesmo. É por estas e por outras que Freitas do Amaral quer inglaterra fora da União Europeia. (Nesse caso, espero que Portugal também fique de fora, sinceramente.) Mas não há perigo de isso acontecer: a francofilia está moribunda e as novas gerações não só não sabem francês como o próprio país não os fascina. Só temos de esperar que as gerações se renovem. Basta paciência.
Sem comentários:
Enviar um comentário