2005-03-06

Hibernação

Este blogue hibernou. Os picuinheiros entretanto mudaram-se para O Insurgente e A Mão Invisível. Visitem-nos!

2005-02-27

Epílogo

Termina aqui a minha colaboração no Picuinhices. No momento da despedida quero sublinhar a minha gratidão ao Manuel Sequeira, pelo convite que me fez e a todos os leitores que distinguiram este blogue com a sua visita e comentários. O Picuinhices continuará, com a marca pessoal do Manuel. Para mim é tempo de novidades: A Mão Invisível, com o qual já colaboro há alguns dias e O Insurgente, que a partir de hoje se dá a conhecer.

2005-02-21

Desejos

Que o PS consiga um bom governo, que dure quatro anos. Mesmo com políticas com as quais não concordo.

Que o PSD consiga ver-se livre rapidamente do "Guerreiro Menino".

O epitáfio do hipocondríaco

Não são precisos "rescaldos": há muito que o "caldo" estava frio e entornado.

Não tenho tempo para pasmos nem para asnos. Pasmos com a tradução eleitoral de elementos de caracterização sociológica do país que são razoavelmente evidentes. Asnos, que por mais bordoada eleitoral que levem naquelas cabeças ocas persistem em não se afundarem sozinhos e, sem sombra de vergonha ou dignidade, dão ao partido o "abraço da morte", tentando rasteiramente inviabilizar a única candidatura presidencial fora do espaço socialista que pode ser ganhadora.

A coisa resume-se no conhecido epitáfio do hipocondríaco: "eu não vos dizia?"...

2005-02-20

Nem uma alegria

O "Guerreiro Menino" não me deu a única alegria que esperava esta noite: a sua demissão de Presidente do PSD.

2005-02-19

The Lake Isle of Innisfree

de W. B. Yeats:

I will arise and go now, and go to Innisfree,
And a small cabin build there, of clay and wattles made:
Nine bean-rows will I have there, a hive for the honey-bee;
And live alone in the bee-loud glade.

And I shall have some peace there, for peace comes dropping slow,
Dropping from the veils of the morning to where the cricket sings;
There midnight's all a glimmer, and noon a purple glow,
And evening full of the linnet's wings.

I will arise and go now, for always night and day
I hear lake water lapping with low sounds by the shore;
While I stand on the roadway, or on the pavements grey,
I hear it in the deep heart's core.

Quem já viu sabe porquê.

Teodoros, para sempre

Ludgero Marques, da AEP, está preocupado com os chineses. Os empresários chineses "desrespeitam os direitos sociais e de protecção do ambiente". Os empresários chineses, esses ogres. Essa gente exploradora. Pobres trabalhadores chineses, explorados! Pobres cidadãos chineses, expostos à poluição! Honra seja feita a Ludgero Marques, paladino dos oprimidos, dos explorados, dos que são expostos à poluição!

Claro, a solução para este problema, segundo Ludgero Marques, "é que sejam accionados os mecanismos de defesa das indústrias tradicionais, como a portuguesa, que estão a sofrer com esta 'agressão chinesa', sustentada 'práticas desleais'" (do Público).

Como é evidente, não há sombra de preocupação com os trabalhadores chineses. É irrelevante, para Ludgero Marques, se estas medidas levam ou não trabalhadores chineses ao desemprego, empresários chineses à falência, e consumidores europeus a preços dos texteis artificialmente altos. Mais perverso que Teodoro, Ludgero consegue argumentar, como tantos outros, que o proteccionismo na realidade é para o próprio bem dos chineses, novos velhos mandarins, donos de "cabedais infindáveis". É só tocar à campainha e esperar que Bruxelas ouça.

Boa viagem, Mr. Chance! Bem-vindo, Mr. Chance!

O engano acabará amanhã, pelo menos para alguns. O nosso Mr. Chance, que ao contrário do verdadeiro está convicto do seu papel, embora não tenha a mais pequena noção das suas limitações, da sua pequenez e do seu ridículo, partirá. Terminará talvez a sua actuação no palco mais apertado da Câmara de Lisboa, mas partirá. Será então a vez de um novo Mr. Chance, mais um numa sequência de actuações sempre equivalentes, sempre com o mesmo personagem, embora com diferentes actores. Boa viagem, Guerreiro Menino! Bem-vindo, caro Engenheiro!

2005-02-18

O caminho para a liberdade

Num país varrido por rajadas de mediocridade e colectivismo, não há grandes recompensas para quem se atreve a virar costas ao redil do socialismo e fazer o caminho para a liberdade. Razão mais do que suficiente para comemorar os dois anos d'O Intermitente. Um exemplo raro de defesa da liberdade individual na blogosfera nacional.