2003-06-18

Filo-americanismos a dois tempos Em Março, escrevi a seguinte nota pessoal:
Aos amigos

Aos amigos dizemos sim, aos amigos dizemos não. Nunca devemos ser ingratos, ainda menos com os nossos amigos. Nunca deixaremos que mintam e lancem falsos testemunhos, muito menos quando as vítimas são os nossos amigos.

Os nossos amigos não são perfeitos. Não foi na ilusão da sua perfeição que se tornaram nossos amigos. Foi por causa da afinidade, por termos descoberto mais coisas que unem que as que nos separam. Por em momentos cruciais das nossas histórias termos estado juntos.

Os amigos serem para as ocasiões é sempre verdade, quer as ocasiões sejam as nossas ou as deles.


As entrevistas aos presos de Guantánamo – a descrição das condições nada humanas, da enormidade de tempo sem culpa formada, do desespero, das tentativas de suicídio – deixam-me com um desconforto semelhante àquele que sentimos quando os nossos amigos fazem algo de errado. Profundamente errado.

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