Agora, enquanto o eixo franco-alemão se entretinha a congeminar os seus projectos de hegemonia europeia e de isolamento dos EUA, com Chirac a insultar de forma arrogante e insolente os países de Leste candidatos à integração na UE, Tony Blair voltou a mostrar as qualidades de um líder político lúcido e resoluto. Que, sem abdicar nas suas intervenções do papel central da ONU ou da importância de um Estado palestiniano, sabe estar do lado dos seus aliados, do lado da democracia contra o totalitarismo, do lado da liberdade contra a opressão, sem equidistâncias ambíguas ou neutralidades hipócritas.
É este político que Mário Soares continua a desmerecer publicamente, preferindo elogiar as ambiguidades, os receios e as hesitações de Chirac e Schroeder. Depois de não lhe reconhecer quaisquer «qualidades políticas especiais», de ironizar com o seu «sorriso de plástico» e de chegar ao ponto de o considerar «um pouco oportunista», Mário Soares comprazia-se, por altura da Carta dos Oito, com a contestação no Reino Unido: «Bem, o senhor Blair está aflito!» É demasiada cegueira política, mesmo sabendo que Soares sempre fez de Blair um dos seus inimigos de estimação e que se tornou, ultimamente, a principal vedeta dos comícios pacifistas do PCP e do Bloco de Esquerda.
2003-04-10
Um elogio a Blair No Expresso OnLine, José António Lima faz um elogio rasgado e bem merecido a Tony Blair ao mesmo tempo que zurze em Mário Soares. Dois pequenos extractos:
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