2004-01-04
O Quebra-Nozes
À tarde assisti a "O Quebra-Nozes", da Companhia Nacional de Bailado. Para além de ser incompetente para julgar tecnicamente um bailado, a forma como assisto aos espectáculos impede-me, normalmente, uma crítica objectiva. Sim, confesso, sou dos que quase saem para o hospital com ataques cardíacos quando os filmes são de suspense e dos que choram baba e ranho quando puxam ao sentimento, passando vergonhas horríveis quando, no fim, as luzes se acendem e não arranjo maneira de disfarçar as lágrimas que correm em torrentes. Foi assim que assisti a "O Quebra-Nozes". Encheu-me as medidas. Os cenários são excelentes, tal como os figurinos. A música, infelizmente, era gravada. Ao meu lado, o meu filho perguntava-me a cada momento que dança era, "É a do café? São japoneses?", batia palmas com entusiasmo, informava o vizinho "São os flocos de neve!". Sim. É verdade. Hoje à tarde, ao lado do meu filho, também eu tive cinco anos.
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