2004-01-05

2:

Algumas hipóteses:
  • A 2: não tem sucesso: desperdiçou-se dinheiro dos contribuintes.
  • A 2: tem sucesso: investiu-se dinheiro dos contribuintes para fornecer um serviço que podia ser fornecido pelo mercado e do qual muitos desses contribuintes não usufruem nem como espectadores nem através de um retorno monetário do investimento.
  • A 2: tem sucesso, mas com um figurino que não poderia nunca dar dar lucro: nesse caso o negócio não é viável, destinando-se simplesmente a fornecer um serviço a alguns à custa do dinheiro de todos.
A televisão pública é paga através de impostos. A chamada "contribuição audio-visual" é um imposto. Não distingue entre quem usufrui ou não do serviço estatal de televisão, pelo que não se poderá nunca considerar como um pagamento. É um roubo feito a alguns para benefício de outros. Não se destina a combater nenhum suposto mal social. A "tabloidização" das televisões privadas é, aliás, um espantalho. A SIC Notícias está aí para o demonstrar. Mas ainda que fosse verdade a "tabloidização", não justificaria a televisão estatal. Se as padarias vendessem apenas papo-secos, seria desejável ou justo que o estado oferecesse um serviço de fornecimento de pão alentejano a alguns, com gosto mais refinado?

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