2004-06-12
Patriotismos de pouca dura
Estava na Escolar Editora quando, vindo do café em frente, se ouviu o público cantar o hino nacional com emoção, antes de se iniciar o jogo entre Portugal e a Grécia. Senti um arrepio ao ouvi-lo. Mas resisti. Será já um lugar comum, mas não menos verdadeiro por isso: é um patriotismo fácil e efémero, este do futebol. Prognostiquei uma derrota logo no primeiro jogo, o rápido arriar das bandeiras nacionais que por aí pululam, e hinos cantados com bem menos vigor nos próximos jogos. Não sei se me alegre com o rápido desaparecimento deste patriotismo deslocado, se me entristeça com o fim da última forma de patriotismo que nos resta.
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